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MENSAGEM DO SECRETÁRIO-GERAL DA ONU
BAN KI-MOON,
POR OCASIÃO DO
DIA MUNDIAL DA TUBERCULOSE
24 de Março de 2007

Fonte: Centro Regional de Informação da ONU em Bruxelas - RUNIC

Este ano, o tema do Dia Mundial da Tuberculose – “Se há tuberculose num lugar, há tuberculose em todos os lugares” – é um apelo à ação coordenada a nível mundial, num momento crítico da nossa luta contra esta doença.

Hoje, comprovamos tanto a eficácia da ação mundial contra a tuberculose como os efeitos que a doença continua a produzir, em particular sobre os grupos mais vulneráveis. A Organização Mundial da Saúde refere que, à escala mundial, a taxa de incidência da doença pode ter atingido o seu ponto mais elevado e que a mortalidade começa a diminuir, um sinal de que o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio que consiste em reduzir a incidência da doença, é realizável. Mais de 60% dos casos de tuberculose, no mundo inteiro, são agora detectados e a grande maioria dos doentes cura-se. Nos últimos dez anos, graças aos esforços dos governos e de um grande número de parceiros, 26 milhões de pacientes seguiram tratamentos eficazes.

Mas, ao mesmo tempo, a tuberculose está a propagar-se em muitos países. Ainda causa a morte a cerca de 4400 seres humanos por dia. O número de pessoas que contraem a doença continua a aumentar. A tuberculose é a doença de que morre a maioria das pessoas com SIDA/AIDS e, agora, não só o surto de tuberculoses ultra-resistentes nos ameaça de uma nova pandemia como põe seriamente em perigo a eficácia dos programas de tratamento do VIH/HIV.

Para fazer ressaltar a gravidade desta ameaça à saúde, assim como a necessidade de intensificar a luta contra ela, assinei, juntamente com outros dirigentes mundiais, o Apelo para Acabar com a Tuberculose. Espero que outros façam o mesmo. Mas temos de tornar realidade o compromisso que assinamos. Temos de aplicar plenamente o Plano Mundial para Acabar com a Tuberculose. Se o fizermos, salvaremos 14 milhões de vidas humanas e permitiremos o desenvolvimento de novos medicamentos e de sistemas de diagnóstico de que precisamos urgentemente e que são indispensáveis para eliminar esta doença.

Há mais de 50 anos que é possível curar a tuberculose, a um custo razoável. Ora, estes tratamentos que salvam vidas permanecem fora do alcance de muitos. É necessária mais vontade política. São necessários mais recursos financeiros. Que este seja o ano em que se intensifica luta contra todas as formas de tuberculose, onde quer que se registrem.



MENSAGEM DO SECRETÁRIO-GERAL DA ONU
KOFI ANNAN,
POR OCASIÃO DO
DIA MUNDIAL DA TUBERCULOSE
24 de Março de 2006

Fonte: Centro Regional de Informação da ONU em Bruxelas - RUNIC

Este ano registou-se um acontecimento fundamental na nossa luta contra a tuberculose, com o lançamento do Plano Mundial para Acabar com a Tuberculose 2006-2015, “Agir para Salvar Vidas”. Se as medidas enunciadas no plano forem integralmente aplicadas, poderão salvar-se 14 milhões de vidas, nos próximos 10 anos. Poderão tratar-se mais 50 milhões de novos doentes. Poderão desenvolver-se novos medicamentos contra a tuberculose -- os primeiros em mais de quarenta anos – e novos métodos de diagnóstico. E uma nova vacina poderia revolucionar a luta contra a doença.

Estas previsões são ambiciosas, mas são realistas, se todos desempenharem o papel que lhes cabe no que se refere a apoiar o Plano Mundial. O Plano oferece-nos a possibilidade de realizar o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio, que consiste em reduzir a prevalência da tuberculose e de impedir que a doença ataque os mais pobres dentre os pobres e as pessoas mais vulneráveis.

A situação da tuberculose no mundo varia de região para região. Mais de metade das pessoas atingidas vivem na Ásia. Felizmente, a China, a Índia, as Filipinas e a Indonésia consagram agora mais recursos à luta contra a tuberculose. Na América Latina e no Oriente Médio, o número de casos novos diminui todos os anos. Na Europa de Leste, depois de ter aumentado durante vários anos, o número de casos está a se estabilizar e espera-se poder conter as formas multi-resistentes da doença. Contudo, em todas estas frentes, é preciso redobrar os esforços para ajudar os pobres e outros grupos da população que são muito vulneráveis à doença. É sobretudo na África que são necessárias medidas excepcionais. É o único continente onde o número de casos continua a aumentar, juntamente com a epidemia do HIV/AIDS (VIH/SIDA). No ano passado, os ministros africanos declararam a tuberculose uma emergência.

Graças à iniciativa “Agir para salvar vidas”, contamos com um plano pormenorizado. Foi assumido no mais alto nível - do G-8 e da Cúpula Mundial 2005 – o compromisso de tomar medidas ordenadas contra a doença. Isto implica mobilizar os recursos internos e externos necessários para ampliar os programas de luta contra a tuberculose, no quadro do sistema de saúde, aplicar medidas conjuntas contra a tuberculose e o VIH e investir nas pesquisas.

Neste Dia Mundial de Combate à Tuberculose, tomemos a decisão de caminhar para um mundo sem tuberculose. Ajamos para salvar vidas !!!


24 de Março de 2005
Fonte: Centro Regional de Informação da ONU em Bruxelas - RUNIC

Cinco mil pessoas morrem todos os dias vítimas de tuberculose, apesar de a doença poder ser prevenida e curada. Parece evidente que temos de intensificar os nossos esforços, para conseguirmos alcançar, até 2015, o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio que consiste em deter a propagação da tuberculose e fazer recuar esta doença, que é um dos flagelos que afligem a humanidade. A aplicação em maior escala da estratégia DOTS (tratamento de curta duração sob vigilância direta), recomendada pela Organizão Mundial de Saúde (OMS) para combater a tuberculose, permitiu curar 17 milhões de pessoas, em nove anos. Graças a esta estratégia, as perspectivas de realização desse Objetivo melhoraram acentuadamente.

Segundo a OMS, 8 doentes em cada dez foram curados no quadro dos programas DOTS e 45% dos doentes infectados foram tratados, em 2003, em comparação com 28%, em 2000. Mas subsistem grandes obstáculos, sobretudo na África, onde os sistemas de saúde são fracos, o pessoal de saúde tem sofrido uma grande redução e a epidemia do HIV/AIDS (VIH/SIDA) contribui para o avanço da tuberculose. Como disse Nelson Mandela, “ não podemos ganhar a batalha contra a AIDS (SIDA), se não combatermos a tuberculose. A tuberculose é, muitas vezes, uma sentença de morte para os doentes com AIDS-SIDA”. Insto os dirigentes africanos a fazerem da luta contra as duas doenças uma prioridade absoluta.

A Parceria “Acabar com a Tuberculose”, da qual fazem parte 350 governos e organizações, está a dar um contributo significativo, ao forjar um consenso sobre as estratégias, a coordenação da ação, os mecanismos de distribuição de medicamentos e as iniciativas para a criação de novos meios de diagnóstico, medicamentos e vacinas. Os governos, os organismos bilaterais, o Fundo Mundial de Luta contra a AIDS (SIDA), a Tuberculose e a Malária, e o Banco Mundial estão disponibilizando mais recursos. Contudo, para se conseguir impacto mundial, é preciso fazer mais. Temos que dispensar mais apoio a um leque cada vez mais amplo de prestadores de cuidados que ajudem a identificar os casos de tuberculose e a administrar um tratamento às pessoas infectadas. Trata-se não só de médicos e enfermeiros, mas também de líderes comunitários, antigos doentes, associações de mulheres e muitos outros.

Esta grande mobilização é a melhor arma de que dispomos para lutar contra a doença. Neste Dia Mundial da Tuberculose, reafirmemos a nossa determinação em nos dedicarmos a esta missão.


DIA MUNDIAL DA TUBERCULOSE
24 de Março de 2003
Fonte: Centro de Informação das Nações Unidas em Portugal

A TUBERCULOSE PODE SER CONTROLADA, CURADA E PREVENIDA,
AFIRMA KOFI ANNAN NO DIA MUNDIAL DA TUBERCULOSE

Morrem mais pessoas de tuberculose em todo o mundo do que de qualquer outra doença infecciosa curável. A doença mata aproximadamente 2 milhões de pessoas por ano, 98 por cento delas em países em desenvolvimento. Um terço da população mundial encontra-se infectada pelo bacilo da tuberculose.

Apesar das suas dimensões, esta pandemia foi durante muito tempo esquecida pelos doadores internacionais. Em 1990, o fluxo total de ajuda externa para a doença diminuiu para uns escassos 16 milhões de dólares por ano.

Este fato levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar a tuberculose como uma emergência mundial. Esta declaração, de há dez anos, foi a primeira do gênero, na história da OMS, e gerou um impulso, aliás muito necessário, conduzindo a progressos importantes em várias áreas. Cerca de 10 milhões de tuberculosos completaram com sucesso o tratamento ao abrigo da estratégia DOTS ("Directly Observed Therapy Short-Course"), uma das mais bem sucedidas iniciativas de saúde pública com baixos custos, que não só salvou vidas como ajudou também a reduzir a propagação implacável desta infecção.

O número de países que estão a adotar e a implementar a estratégia DOTS aumentou para 155, cobrindo mais de 60 por cento da população mundial. A Parceria Global para Conter a Tuberculose (“Global Partnership to Stop TB”), lançada pela Organização Mundial da Saúde em 2000, cresceu rapidamente e já inclui mais de 250 organizações entre os seus membros, que coordenaram os seus esforços em grupos de trabalho que se debruçaram sobre a expansão da DOTS, a infecção conjunta de tuberculose e VIH, a tuberculose resistente a medicamentos múltiplos e a pesquisa sobre novos diagnósticos, remédios e vacinas para a tuberculose. O “Global Drug Facility” - um mecanismo cujo objetivo é garantir o acesso universal a remédios para a tuberculose - recebeu subvenções para o tratamento de 1,8 milhões de pacientes em países em desenvolvimento, desde o seu lançamento em Março de 2001. O Fundo Global para a Luta contra a AIDS/SIDA, Tuberculose e Malária, estabelecido também em 2001, deve igualmente ajudar a atrair os fundos tão necessários e a promover parcerias públicas e privadas. Talvez o mais crítico dos acontecimentos recentes tenha sido o Plano Global para Conter a Tuberculose - um documento de destaque que fornece uma estratégia clara com metas anuais, exigências específicas e resultados mensuráveis para reduzir os encargos para cerca de metade em 2010 em relação aos níveis de 2000.

Tais progressos dão-nos uma razão para ter esperança, mas não para sermos complacentes. Na realidade, a pandemia HIV/AIDS (VIH/SIDA) emergiu como uma séria ameaça de expansão da tuberculose, na medida em que as pessoas que sofrem de HIV/AIDS (VIH/SIDA) são mais vulneráveis a doenças oportunistas.

A tuberculose pode ser controlada, curada e prevenida. No Dia Mundial da Tuberculose, comprometamo-nos a fazer mais para fortalecer e expandir os programas DOTS, de modo a cumprirmos os objetivos mundiais de detectar 70 por cento de todos os casos de tuberculose e a curar 85 por cento de todos os casos detectados até 2005. .

Gentileza do Centro de Informação da ONU em Portugal


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