MENSAGEM DO SECRETÁRIO-GERAL DA ONU
KOFI ANNAN,
POR OCASIÃO DO
DIA INTERNACIONAL DAS FAMÍLIAS
15 de Maio de 2006
Fonte: Centro Regional de Informação da ONU em Bruxelas - RUNIC

Este ano, o tema do Dia Internacional das Famílias, “Famílias em transformação: desafios e oportunidades”, sublinha as profundas transformações que esta unidade básica da sociedade tem sofrido ao longo dos últimos anos. O tamanho médio das famílias tem vindo a diminuir em todo o mundo, os jovens casam-se cada vez mais tarde, aumentou a idade média das mulheres ao nascimento do primeiro filho, a taxa de mortalidade infantil diminuiu e os casais têm cada vez menos filhos. A grande família tradicional tem sido substituída pela família nuclear, apesar dos avós viverem mais anos e várias gerações de uma família conviverem lado a lado. Por outro lado, são cada vez mais comuns diferentes formas de união, tais como a união de fato ou os casamentos de trabalhadores migrantes que vivem em cidades ou países diferentes daqueles onde residem os seus cônjuges.

Aumentou o número de divórcios, um fenômeno que foi acompanhado do casamento em segundas núpcias, e são cada vez mais as crianças que vivem em famílias em que há um padrasto ou madrasta. Surgiu também um considerável número de famílias monoparentais, bem como de agregados familiares constituídos por apenas um elemento e são cada vez mais as pessoas de idade que vivem sozinhas. Além disso, a pandemia do HIV/AIDS (VIH/SIDA) tem enfraquecido a estrutura das famílias privando, freqüentemente, os filhos dos pais e deixando-os ao cuidado dos avós.

Muitas destas transformações põem em causa a estrutura da sociedade tal como a conhecemos. Exigem que trabalhemos em conjunto para adaptar e definir as políticas de modo que tenham em consideração as necessidades das famílias, e garantam que serviços básicos como a educação e a saúde sejam prestados a todos os cidadãos, especialmente às crianças, independentemente da sua situação familiar.

Algumas das mudanças registadas na estrutura familiar geraram, igualmente, novas oportunidades, nomeadamente novas e mais amplas opções para as moças e as mulheres. Impulsionaram também os governos a desenvolver novas políticas, em colaboração com a sociedade civil. E, ao mesmo tempo que os países trabalham para integrar uma perspectiva familiar, no processo nacional de formulação de políticas, o sistema da ONU esforça-se por refletir esta perspectiva no processo intergovernamental mundial.

Nesta época de mudança, devemos criar um ambiente que apóie as famílias, reforçando, ao mesmo tempo, as oportunidades de realização que uma vida familiar positiva proporciona. Neste Dia Internacional da Família, dediquemo-nos uma vez mais a esta missão.


15 de Maio de 2005
Fonte: Centro Regional de Informação da ONU em Bruxelas - RUNIC

O tema do Dia Internacional das Famílias em 2005 – o impacto do HIV/VIH e da AIDS/SIDA no bem-estar das famílias – chama a atenção para um dos maiores perigos do nosso tempo. É um problema que afeta as famílias, as famílias amplas, as comunidades e os governos do mundo inteiro.

O HIV/VIH e a AIDS/SIDA têm efeitos devastadores na família. Quando um membro de uma família adoece ou morre, toda a família sofre. À tragédia humana somam-se as dificuldades econômicas, resultantes do custo crescente dos cuidados e da diminuição do rendimento familiar. A situação agrava-se, à medida que a doença avança e ameaça o acesso da família à alimentação, à habitação e a outros bens essenciais. Os efeitos do HIV/AIDS (VIH/SIDA) nas famílias são particularmente devastadores para as crianças. As moças têm, com freqüência, de deixar a escola, para prestarem ao doente os cuidados necessários. Em caso de morte dos pais, as crianças e as moças são forçadas a. assumir as pesadas responsabilidades de serem chefes de família. A ausência de pais afetuosos e atentos torna muitas crianças extremamente vulneráveis à discriminação, ao trabalho infantil ou a outras formas de exploração e, claro, à infecção pelo HIV/VIH. E priva as comunidades de um meio vital de transmissão à próxima geração de valores, normas culturais, técnicas e outras aptidões que lhes permitam sobreviver em caso de crise.

Parece ser evidente que devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para ajudar a família a manter-se forte na adversidade, pois ela representa, muitas vezes, a única rede de segurança e desempenha um papel crucial na maneira como os indivíduos e as comunidades enfrentam a AIDS/SIDA e as suas conseqüências. É por isso que, durante a sessão extraordinária que dedicou ao HIV/AIDS (VIH/SIDA), em 2001, a Assembléia Geral das Nações Unidas reconheceu o papel importante da família na prevenção do HIV/AIDS (VIH/SIDA), bem como na prestação de cuidados e de apoio. Então, pediu aos Governos que elaborassem ou reforçassem estratégias, políticas e programas que tomassem em consideração o contributo das famílias no que se referia a reduzir o risco de contração da doença e a enfrentá-la.

Daí a necessidade de encontrar meios para conseguir manter os pais vivos; de ter em conta as diferenças entre os sexos e a vulnerabilidade especial das moças; de integrar os programas orientados para as famílias em intervenções mais vastas do que a escala local, para reduzir a vulnerabilidade ao HIV/AIDS (VIH/SIDA); de melhorar a prevenção e os cuidados e de atenuar os efeitos devastadores da epidemia nos domínios econômico e social; daí, enfim, a necessidade de acabar com a reprovação que impede, por vezes, um membro da família de revelar, mesmos àqueles que lhe são mais próximos, que é soropositivo.

Uma família forte e solidária é uma das melhores proteções contra o HIV/AIDS (VIH/SIDA). Neste Dia Internacional das Famílias, assumamos de novo o compromisso de ajudar a célula familiar a desempenhar plenamente o seu papel.


DIA INTERNACIONAL DAS FAMÍLIAS
15 de Maio de 2003
Fonte: Centro de Informação das Nações Unidas em Portugal

"Em 1994, a comunidade internacional celebrou o Ano Internacional da Família, uma iniciativa que visava sensibilizar o público para os problemas da família e melhorar a capacidade institucional das nações no que se referia a enfrentar, por meio de políticas globais, os graves problemas relacionados com a família. Os governos, os grupos da sociedade civil e outros preparam-se agora para celebrar o décimo aniversário do Ano e esperam que essa oportunidade lhes permita manter a dinâmica, numa esfera de vital importância para o progresso da humanidade.

Para que os poderes públicos concentrem ainda mais a sua ação na família, será necessária uma maior vontade política. Os problemas a se considerar ocupam o primeiro plano das preocupações sociais: alterações das estruturas familiares, envelhecimento da população, aumento das migrações, pandemia do VIH/SIDA (AIDS/HIV) e globalização. Espero que os dirigentes políticos compreendam estas correlações e dispensem a todas estas questões a atenção e os recursos que merecem.

É reconfortante ver que os preparativos do décimo aniversário já deram origem a numerosas iniciativas nacionais, bem como à criação de dispositivos institucionais destinados a tratar dos problemas ligados à família. As organizações não governamentais mostraram-se especialmente ativas e criativas e continuarão a ter um papel crucial. Enquanto aguardamos o lançamento, em Dezembro de 2003, na Sede das Nações Unidas, dos eventos que assinalam o décimo aniversário, reafirmemos o nosso empenhamento em melhorar o bem-estar das famílias no mundo inteiro."

Gentileza do Centro de Informação da ONU em Portugal


Portal Nosso São Paulo - www.nossosaopaulo.com.br