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BIOGRAFIA RESUMIDA

SEME DRAIBE

NASCIMENTO: 24 de DEZEMBRO de 1914
CIDADE: Gibrail-LÍBANO
CHEGADA AO BRASIL:1935
RESIDÊNCIA: Cajuru-SP

Dados Biográficos enviados pela filha:

Prezado Sr Celio,

Seme Draibe é meu pai e ficamos, todos os filhos, contentes e orgulhosos com mais esta divulgação da Prece Árabe que ele traduziu com tanta dedicação e empenho há cinqüenta anos atrás.

Passo-lhe alguns dados biográficos, conforme solicitados pelo senhor:

Seme Draibe nasceu em 24 de Dezembro de 1914 em Gibrail, no Líbano e emigrou para o Brasil em 1935, vindo morar primeiramente em São José do Rio Pardo e, desde 1943, em Cajuru, estado de São Paulo, onde vive até hoje. Fez seus estudos em Homs, na Síria, onde completou o curso médio. No Brasil, dedicou-se ao comércio, sem entretanto ter jamais abandonado suas leituras de escritores e poetas árabes e franceses.

Em 2003, enfrentou severa enfermidade (Síndrome de Guillán-Barret), da qual logrou recuperar-se razoavelmente, embora com algumas seqüelas cognitivas e motoras.

Seme Draibe é viúvo de Aparecida Elias Draibe, cajuruense, filha de libaneses, professora, escritora e também leitora contumaz. O casal teve quatro filhos, eu mesma, Sônia Draibe, professora de ciência política da UNICAMP; Semir Elias Draibe, médico cardiologista, residente em Ribeirão Preto; Sérgio Antônio Draibe, médico nefrologista e professor da Escola Paulista de Medicina; e Ibrahim Elias Draibe, cirurgião pediátrico, residentes os dois últimos em São Paulo.

Seme Draibe encontrou e leu em árabe, esta belíssima Prece (abaixo), cujo autor é desconhecido. Tendo se encantado com ela, dedicou-se com afinco a traduzi-la para o português, enfrentando as dificuldades que necessariamente enfrentaria nessa tarefa, um imigrante alfabetizado em árabe, que tinha o português como sua segunda língua. Isso foi por volta de 1956/1957. Ainda meninota, bem me lembro das discussões, em casa, sobre tal ou qual palavra, a que mais expressaria, em português, o sentido do poeta. Nessas tertúlias, envolveram-se, além de minha mãe, outros tios e primos, todos muito voltados às letras, em especial o Dr Moisés Elias, médico, professor e poeta.

Já traduzida, a poesia foi publicada, pela primeira vez, pelo Rotary Club, em algum de seus boletins, ainda na década de 1950. Mas foi através da internet, onde um amigo localizou-a, há uns cinco anos atrás, que vem sendo bastante divulgada, muitas vezes com títulos errados, mas quase sempre com o crédito devidamente dado ao meu pai como seu tradutor.

Por todas essas razões, pode o senhor imaginar quão alegre nos sentimos com mais essa iniciativa de divulgação, e especialmente com seu cuidado em buscar mais completas informações sobre o tradutor.

Estamos à sua disposição para toda e qualquer informação que venha a necessitar. Para tanto, registramos nossas referências pessoais abaixo.
Atenciosamente,

Sônia Miriam Draibe - filha
SEME DRAIBE – Cajuru-SP

“ PRECE ÁRABE ”

“ Deus, não consintas que eu seja
o carrasco que sangra as ovelhas,
nem uma ovelha nas mãos dos algozes.

Ajuda-me a dizer sempre a verdade
na presença dos fortes,
e jamais dizer mentiras para ganhar os aplausos dos fracos.

Meu Deus!
Se me deres a fortuna, não me tires a felicidade;
se me deres a força, não me tires a sensatez;
se me for dado prosperar,
permita que eu não perca a modéstia,
conservando apenas o orgulho da dignidade.

Ajuda-me a apreciar o outro lado das coisas,
para não enxergar a traição dos adversários,
nem acusá-los com maior severidade do que a mim mesmo.

Não me deixes ser atingido pela ilusão da glória, quando bem sucedido,
e nem desesperado, quando sentir insucesso.
Lembra-me que a experiência de um fracasso
poderá proporcionar um progresso maior.

Ó Deus!
Faze-me sentir que o perdão é o maior índice da força,
e que o amor à vingança é prova de fraqueza.

Se me tirares a fortuna, deixe-me a esperança.
Se me faltar a beleza da saúde,
conforta-me com a graça da fé.

E quando me ferir a ingratidão e a
incompreensão dos meus semelhantes,
cria em minha alma a força da desculpa e do perdão.

E finalmente, Senhor,
se eu Te esquecer,
te rogo mesmo assim,
nunca Te esqueças de mim ! ”

Autor Desconhecido
( Traduzida do Árabe por Seme Draibe )


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