TRIBUTO AO DIA DAS MÃES Certo dia, em 1925, uma mulher alta
e enérgica, de aspecto decidido, entrou num hotel de Filadélfia
e encaminhou-se na direção de um grupo de senhoras da
Associação das Mães de Veteranos de Guerra, reunidas
na convenção. Quando o juiz, constrangido, pôs Anna Jarvis em liberdade, um repórter foi visitá-la em sua casa, à Rua 12 Norte, em Filadélfia. A bela mulher de cabelos brancos e 60 anos de idade, estava sentada numa cadeira de espaldar reto e seu olhar estava posto no retrato de sua mãe. O jornalista perguntou-lhe: - Por quê a senhora não
desiste ? Está lutando contra o mundo, sozinha ! Deveria orgulhar-se
por ser a criadora do Dia das Mães. Mas não era o único paradoxo na vida de Anna Jarvis. Embora fosse uma mulher extremamente bela, jamais se casara. Nascera em 1864, em Grafton, Virgínia Ocidental, onde crescera, transformando-se numa beldade esbelta e ruiva. Por quê uma jovem assim teria permanecido solteira ? Um amigo da família contou. "Anna teve um caso de amor mal sucedido e isso deixou-a abalada e desiludida. Daí por diante deu as costas a todos os homens". Ao sair da Faculdade Mary Baldwin, em
1883, dedicara-se ao magistério em Grafton. Não que precisasse
do salário. Sua mãe, viúva, gozava de boa situação.
Alguns anos mais tarde, Anna, sua mãe e sua irmã mais
nova, Elsinore, que era cega, mudaram-se para Filadélfia. Anna
empregou-se como assistente no departamento de publicidade de uma companhia
de seguros. Assim viveu dos 20 aos 40 anos. Então, em
1905, a Sra. Jarvis faleceu. Foi um golpe terrível que,
entretanto, marcou o início de nova e vital etapa na vida de
Anna. Contava ela, então, 41 anos, era dona de uma bela casa,
tutora da irmã cega e principal beneficiária da herança
materna. Sugeriu a idéia ao Prefeito Reyburn, de Filadélfia. Esse foi o início da cruzada de Anna Jarvis. O ponto básico era, - ela insistia, - a homenagem não só às mães vivas, mas, também, às mães que já haviam morrido. De sua casa, - feita quartel-general, - ela dirigiu uma das mais estranhas e eficientes campanhas epistolares de que se tem notícia. Escreveu a governadores, congressistas, clérigos, industriais, clubes femininos - a qualquer um que pudesse exercer influência. As respostas a essas cartas foram em número tão considerável, - demandavam tanta correspondência, - que Anna deixou o emprego que tinha, a fim de dedicar-se inteiramente à sua campanha. Quando verificou que sua casa se tornara
pequena para servir de escritório, comprou a casa vizinha. Em
breve era convidada a visitar outras cidades para falar perante diversas
organizações. Escreveu e imprimiu folhetos sobre seu plano,
distribuindo-os gratuitamente. Todas essas atividades consumiram boa
parte de sua fortuna, mas Anna jamais permitiu que isso a preocupasse. Anna Jarvis, inspirada por esses primeiros sucessos, continuou a escrever, a viajar, a fazer conferências. Em 1914, sua eloqüência persuadiu o Deputado J. Thomas Heflin, do Alabama, e o Senador Morris Sheppard, do Texas, a apresentarem uma proposta conjunta para que se observasse em toda a nação americana, o Dia das Mães. A proposta foi aprovada pelas duas casas do Congresso. O verdadeiro grande momento de Anna chegou quando o Presidente Woodrow Wilson assinou uma proclamação no qual recomendava que o Segundo Domingo de Maio (aniversário da morte da mãe de Anna), fosse observado no país inteiro como o Dia das Mães. Todavia, para Anna, esse triunfo não era suficiente. Ainda era preciso conquistar o resto do mundo ! Assim, a correspondência, os discursos e os folhetos de exortação continuaram, agora em escala internacional. E o seu esforço foi notavelmente bem sucedido. Só no decurso de sua vida, 41 países adotaram o Dia das Mães. O BRASIL foi um deles. A 5 de Maio de 1932, o então chefe do Governo Provisório, Getúlio Vargas, promulgou oficialmente, pelo Decreto 21.366, o Segundo Domingo de Maio, o Dia das Mães.
Ela estava atônita, inesperadamente viu-se pobre e só. A escada do templo, de onde queria expulsar os vendilhões, tornara-se uma rua comercial sem horizontes: dezenas de vezes dava a volta ao mundo. Todo o dinheiro de sua herança se fora. Então, fazendo apagar-se para sempre o seu belo sorriso, onde, durante anos tatalara asas a borboleta de ouro de suas esperanças, recolheu-se à sua casa, na Rua 12 Norte. Levando pela mão a passiva Elsinore, fechou com firmeza a porta às suas costas. Daí para a frente recusava-se a receber quem quer que fosse. Assim deixou-se levar pelas torrentes
crepusculares dos anos, até a enseada da Praça Marshal
em West Chester. (...) Por isso, hoje, eu me volto para
a presença ausente de Anna Jarvis e suavemente lhe digo: Prefácio de Wallace Leal V. Rodrigues, extraído do LIVRO 'MÃE', de Francisco Cândido Xavier (Casa Editora O Clarim - Matão-SP 1974). Que possamos usá-lo para não nos deixar comprar pelos mercadores e meditar sobre o REAL significado do Glorioso "DIA DAS MÃES". A essas heroínas a quem devemos tudo o que somos, iniciando por nossas próprias vidas, ofertamos com todo nosso AMOR, o "Cravo-Branco" de Anna Jarvis !
Mãezinha, Enquanto o mundo te adorna a presença
com legendas sublimes, abrilhantando-te o nome, quis trazer-te a homenagem
de meu reconhecimento e de meu carinho, segundo as dimensões
de tua bondade, e te rememorei os sacrifícios... ( Meimei / Chico
Xavier - MÃE - 1922/1946) " MÃE QUERIDA " "Sustenta-me para que eu te sustente depois. ( Geziel Andrade - Amor e Vida ) |
TROVAS DE MULHER MÃE -
uma sílaba só, Não chores,
mãe desprezada, Dizes: "mulher
em desdouro" ... O mal gritaria em
vão Fé viva na
alma que chora: Luiza Amélia
A MULHER
A mulher deve ser como a palha miúda ( Madame
de Stäel )
EM LOUVOR À MÃE
Minha mãe - não te defino. Meimei ORAÇÃO
DA NOITE Ajoelhada, ó
meu Deus, e as duas mãos unidas, Maria! Virgem mãe
das almas compungidas, Anjo de minha guarda,
ó doce companheiro! Dá-me o sono
que traz o bálsamo ao tormento, Auta de Souza À ALMA DE MINHA
MÃE Partiu-se o fio branco
e delicado Debalde eu as procuro
lacrimosa, Aí! se eu ao
menos uma só pudesse Feliz seria... Mas
minh’alma atenta Auta
de Souza "MÃE" "Para
dizer quem foi a minha mãe, não acho
Uma palavra própria, um pensamento bom Diógenes — busco-o em vão; falta-me a luz de um facho — Se acho som, falta a luz; se acho luz, falta o som!
Morreste e eu não bebi nos teus lábios de cera A doçura que as mães, ainda mortas, contêm... Um filho que tem mãe — tem todos os parentes... — E eu não tenho por mim, ó minha mãe, ninguém! |
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