BREVE HISTÓRIA
DE CAMPINAS
Descobertas as minas goianas por volta de
1720, bandeirantes paulistas tomaram aquela direção.
Ordenou-se então a abertura de um caminho no meio do
mato para possibilitar as comunicações de São
Paulo com as minas há pouco achadas: O
Caminho de Goiases.
Meio século depois da abertura do caminho,
o bairro das Campinas do Mato Grosso de Jundiaí
(expressão que designava as matas fechadas) já
tinha 300 moradores e 50 casas interligadas por um picadão,
mas ainda muito isoladas em tempos chuvosos. O caminho teve
posteriormente seu leito aproveitado, no século seguinte,
pela ferrovia Mogiana.
O povoamento efetivo começou com a chegada
de Francisco Barreto Leme, entre
1739 e 1744 que, juntamente com família e conterrâneos,
veio a se instalar em terras adquiridas de uma sesmaria. No
mês de maio de 1774, o então governador Morgado
Mateus outorgou a Barreto Leme a fundação do núcleo
e estipulou algumas medidas urbanísticas básicas
para o local.
No dia 14 de julho
de 1774, em uma capela de sapê
e paus roliços, foi celebrada a primeira missa, por Frei
Antônio de Pádua, primeiro vigário da paróquia.
Essa ficou sendo a data oficial da fundação da
cidade, na época Freguesia de Nossa Senhora da Conceição
das Campinas do Mato Grosso de Jundiaí.
Na segunda metade do século
XVIII, ganhava forma também uma outra dinâmica
econômica, política e social na região,
associada à chegada de fazendeiros procedentes de Itú,
Porto Feliz, Taubaté, entre outras. Estes fazendeiros
buscavam terras para instalar lavouras de cana e engenhos de
açúcar, utilizando-se para tanto de mão
de obra escrava. De fato, foi por força e interesse destes
fazendeiros, ou ainda, por interesse do Governo da Capitania
de São Paulo, que o bairro rural do Mato Grosso se fez
transformado em Freguesia de Nossa Senhora da Conceição
das Campinas do Mato Grosso (1774); depois, em Vila de São
Carlos (1797), e em Cidade de Campinas (1842); período
no qual as plantações de café já
suplantavam as lavouras de cana e dominavam a paisagem da região.
Os cafezais, por sua vez, nasceram do interior
das fazendas de cana, impulsionando em pouco tempo um novo ciclo
de desenvolvimento da cidade. A partir da economia cafeeira,
Campinas passou a concentrar um grande contingente de trabalhadores
escravos e livres (de diferentes procedências), empregados
em plantações e em atividades produtivas rurais
e urbanas. No mesmo período (segunda metade do século
XVIII), a cidade começava a experimentar um intenso percurso
de "modernização"
dos seus meios de transporte, de produção e de
vida, permanecendo vivo até hoje na memória da
cidade, aspectos diversos destas transformações.
Com a crise da economia cafeeira, a partir
da década de 1930, a cidade "agrária"
de Campinas assumiu uma fisionomia mais industrial e de serviços.
No plano urbanístico, por exemplo, Campinas recebeu do
"Plano Prestes Maia" (1938), um amplo conjunto de
ações voltado a reordenar suas vocações
urbanas, sempre na perspectivas de impulsionar velhos e novos
talentos, como o de pólo tecnológico do interior
do Estado de São Paulo.
No mesmo percurso, a cidade passou a concentrar
uma população mais significativa, constituída
de migrantes e imigrantes procedentes das mais diversas regiões
do estado, do País e do mundo, e que chegavam à
Campinas atraídos pela instalação de um
novo parque produtivo (composto de fábricas, agro-indústrias
e estabelecimentos diversos). Entre as décadas de 1930
e 1940, portanto, a cidade de Campinas passou a vivenciar um
novo momento histórico, marcado pela migração
e pela multiplicação de bairros nas proximidades
das fábricas, dos estabelecimentos e das grandes rodovias
em implantação - Via Anhanguera, (1948), Rodovia
Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont, (década
de 1980).
Estes novos bairros, implantados originalmente
sem infra-estrutura urbana, conquistaram uma melhor condição
de urbanização entre as décadas de 1950
a 1990, ao mesmo tempo em que o território da cidade
aumentava 15 vezes e sua população, cerca de 5
vezes. De maneira especial, entre as décadas de 1970/1980,
os fluxos migratórios levaram a população
a praticamente duplicar de tamanho.
Na atualidade, Campinas ocupa uma área
de 801 km² e conta com uma população aproximada
em 1 milhão de habitantes,
distribuída por quatro distritos (Joaquim Egídio,
Sousas, Barão Geraldo, e Nova Aparecida) e centenas de
bairros. Tal vigor econômico e social, trazido em especial
pela ampliação de sua população
trabalhadora, tem permitido à Campinas constituir-se
como um dos pólos da região metropolitana de São
Paulo, formada por 19 cidades e uma população
estimada em 2,33 milhões de habitantes (6,31% da população
do Estado).
O Aniversário de Campinas é comemorado
em 14 de Julho.
Fonte: PM Campinas