BREVE HISTÓRIA
DE LIMEIRA
Fundação:
Podemos observar, pelo censo de 1822,
ocorrido em Vila Nova da Constituição (Piracicaba),que
a região do Morro Azul e Tatuiby (Limeira), tinha uma
população de 951 pessoas livres e 546 escravos.
Identificamos nesse recenseamento, sesmeiros, proprietários
de grandes engenhos, sitiantes, posseiros etc...
Os caminhos que interligavam essas propriedades
e davam acesso à Capital da Província eram precários,
fato este, que levou o Sr. Nicolau Pereira de Campos Vergueiro
(Senador Vergueiro), a encabeçar um grupo de fazendeiros
como: Bento Manoel de Barros (Barão de Campinas), José
Ferraz de Campos (Barão de Cascalho), Brigadeiro Manoel
Rodrigues Jordão e outros, a pleitear junto ao Governador
da Província , a construção de uma estrada,
do Morro Azul a Campinas (São Carlos), a qual facilitaria
o escoamento da produção dos engenhos, que tinham
grande quantidade de açúcar exportável.
Atendido o pedido, a estrada foi inaugurada
em 1826. Nesse mesmo ano iniciou-se
a formação de um núcleo habitacional, às
margens dessa, constituindo-se o Povoado
de Nossa Senhora das Dores do Tatuiby. A estrada facilitou
o crescimento do comércio e alavancou sobremaneira as
atividades agrícolas na região.
Esse povoado, cresceu nas terras do Capitão
Luiz Manoel da Cunha Bastos, que doou 112,5 alqueires
de terra, para o desenvolvimento do mesmo, através de
documento assinado no Engenho do Ibicaba, propriedade do Senador
Vergueiro, que foi seu maior líder e benfeitor.
Foi nessa fazenda que em meados do século
passado foi instituída a primeira colônia de imigrantes
de cunho particular do Brasil, empreendimento que foi responsável,
pela preparação do Estado de São Paulo
e do Brasil, para a substituição do braço
escravo pelo livre. Por esse motivo Limeira é conhecida
como o "Berço da Imigração
Européia de Cunho Particular".
Colonização
(fundadores):
Senador Nicolau Pereira de Campos Vergueiro J.J. Sampaio
Bento Manoel de Barros ( Barão de Campinas) Antonio José
da Silva Gordo, José Ferraz de Campos ( Barão
de Cascalho), Manoel Ferraz de Campos, Brigadeiro Manoel Rodrigues
Jordão e Capitão Luiz Manoel da Cunha Bastos
Origem do Nome:
Por não termos encontrado documentos que respaldem preferimos
acreditar que houve uma relação com a existência
de um pé de laranja lima, no entanto não podemos
afirmar com precisão esta versão.
(colaboração de Karoline Malavasi
de Castro): texto extraído do
"Suplemento Histórico, 1826 - Limeira - 1980 da
Gazeta de Limeira" :
O nome de nossa cidade originou-se da tradicional episódio
do Rancho de Limeira.
Estas terrs eram os sertões do Tatuhiby,
banhadas pelo ribeirão Tatu ou Tatuhiby (tatu-pequeno),
cujo ponto culminante era o Morro Azul.
Tatuhiby foi o primeiro nome do povoado. O distrito, a freguesia
e a capela curada eram de Nossa Senhora das Dores de Tatuhiby,
mas o nome popular era Limeira.
Oficialmente usava-se a denominação de Tatuhiby,
como podemos ver nos ofícios assinados pelo Senador Vergueiro,
o Alferes Franco e outros, que dizem: "...para informar
sobre as divisas das novas freguesias de Tatuhiby ou Limeira
e Rio Claro..." e terminam: "Tatuhiby, 21 de março
de 1832.
No primeiro batizado, a 3 de fevereiro de 1831, está
"...nesta Capella de Nossa Senhora das Dores das Limeiras".
Nos seguintes: 16/7/1831, Capella de Nossa Senhora das Dores
de Tatuhiby, denominada das Limeiras; 28/10/1831, Nossa Senhora
das Dores de Tatuhiby de Limeira; 17/4/1832 Freguesia da Nossa
Senhora das Dores de Limeira; 11/6/1832, Freguesia das Limeiras;
e em 19/6/1832, e daí por diante, Freguesia da Limeira.
Um ofício de 14 de março de 1831, trata da nomeação
de Antônio José Silva "...para juiz da Capella
de Limeira..."
A escritura da doação patrimonial do Capitão
Cunha Bastos, datada de 26 de fevereiro de 1832, foi lavrada
"no engenho do Ibycaba, distrito da Freguezia de Nossa
Senhora das Dores de Limeira" e refere-se à "Sociedade
do Bem Comum de Limeira".
A lista da Guarda Nacional está assinada: "Limeira,
30 de abril de 1833".
O nome de Limeira não teve uma data definida de oficialização.
Começou a ser usado em documentos oficiais a partir de
1831, logo que passou a Freguesia, abandonado aos poucos a denominação
de Tatuhiby.
No dia 3 de fevereiro de 1831 procedeu-se à bênção
da Capela de Nossa Senhora das Dores de Tatuhiby, elevada a
Curato.
Nesse mesmo dia, o primeiro Vigário, padre Martinho Antonio
Barreto, rezava missa e realizava o primeiro batizado.
Não mais existe o primeiro livro Tombo da Igreja, infelizmente
desaparecido, mas restam os Livros de Assentamentos, de batizados,
casamentos e óbitos.
O primeiro batizado foi o que consta do primeiro assentamento:
"Aos três dias do mês de fevereiro de mil oitocentos
e trinta e hum anos, nesta Capella de Nossa Senhora das Dores
das Limeiras, baptizei e pus os santos óleos solenemente
à innocente Maria, nascida aos dez do mesmo mês,
filha legítima de Joaquim Bueno de Camargo e de sua mulher
Anna Maria de Oliveira. Foram padrinhos Manoel Gomes de Oliveira
e sua mulher Custódia Maria de Godoy, todos applicados
desta Capella do que fiz este registro. O Capellão Curado
Martinho Antonio Barreto".
Datas Históricas
mais importantes (a omissão do dia e mês, em algumas
datas, deve-se à falta de documentação):
__/__/ 1826 = Fundação ( 15/09) por decreto
__/__/ 1840 = Imigração Portuguesa ( Colônia
do Ibicaba)
__/__/ 1846 = Imigração Alemã ( Colônia
do Ibicaba )
18/04/ 1863 = Elevação à cidade.
O Aniversário de Limeira é comemorado
em 15 de Setembro.
Fonte: PM LIMEIRA
(Vejam
'O Limeirense')