BREVE HISTÓRIA
DE LINS
Nome Primitivo: Iniciava-se o século XX, no local, onde
tudo era sertão, a terra virgem, a mata fechada, a flora
e fauna ricas em espécies, corria manso e sereno, com
suas águas cristalinas, um córrego denominado
"Brumadinho" (muitos assim o chamavam), posteriormente
- chamado "Douradinho" e finalmente "Campestre".
Lins nascia com o nome de Douradinho
(Brumadinho), Campestre, Santo Antonio do Campestre; depois
Albuquerque Lins e finalmente Lins. Surgiu no cruzamento de
uma trilha de índios localizada nas proximidades dos
Rios Tietê e Dourado e a Estrada de Ferro Noroeste do
Brasil. As paralelas cintilantes que eram os trilhos da Estrada
de Ferro, chegavam por estes lados trazendo os homens e suas
gentes cortando as matas com seu destino já traçado
pelo Marechal Rondon, rumo ao Mato Grosso.
Desde o nascer desta terra generosa e boa, imperou o amor
e o bairrismo pelo torrão que emergia da mata. De elevado
espírito religioso, tratavam desde logo os primitivos
moradores, dentre aos quais destacamos: Cel.
Manoel Francisco Ribeiro, Cap. Joaquim Carlos Ribeiro,
Manoel Lourenço Ribeiro, Francisco José Ribeiro,
José Noronha Ribeiro, Cel. Joaquim Toledo Piza e Almeida,
Francisco Téofilo de Andrade, Frederico M. Costa, Amâncio
Nogueira, José do Rego, Francisco Veloso Martins, Cel.
João Pedro de Carvalho Júnior, Joaquim de Godoy,
Fortunato Hena, Joaquim Barbosa de Morais, Amâncio de
Assis Nogueira, Egidio Galleti, Domingos de Matos Guedes, Antonio
Marques Castanheira, Dona Amélia Marques Castanheira
(primeira parteira de Lins), Antonio Seabra (primeiro professor)
e outros. A fé e o espiríto daqueles primórdios,
os bandeirantes desta terra, resultou no surgimento de um aglomerado
de toscas casas, a maioria de pau-a-pique, cobertas de zinco
ou da própria vegetação local, ao redor
da Estação de Campestre.
Desde o ano de 1906 o fazendeiro
Manuel Francisco Ribeiro, que tinha grande extensões
de terra em São Sebastião de Pirajuí (hoje
Pirajuí), já andava por estas paragens atrás
de farta caça e pesca.
A partir de então várias famílias aqui
se estabeleceram (Ribeiro Noronha, Moreira da Costa, Toledo
Piza, Carvalho, Andrade, Assis Nogueira, etc.), fundando o patrimônio
de Santo Antônio do Campestre.
Em 16 de fevereiro de 1908, o então Presidente da República,
Senhor Afonso Penna, acompanhado do Eng. Conde Paulo de Frontin
(inspetor da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil), visitou a
região para proceder a inauguração da 20a.
seção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil,
compreendendo as Estações de Monjolo (Presidente
Afonso Penna, hoje Cafelândia), onde almoçou, a
Estação de Hector Legrú (hoje Promissão),
chegando até Miguel Calmon (hoje Avanhandava).
Por motivos imperiosos e alheios à sua vontade deixou
de seguir viagem, com a comitiva do Presidente, o Major Manoel
Joaquim de Albuquerque Lins, então Presidente da Província
de São Paulo (sendo representado pelo Deputado Luiz Toledo
Sobrinho). Naquele mesmo dia 16 de fevereiro
de 1908, a estação da via férrea,
Km 152, recebeu o nome de "ALBUQUERQUE
LINS" em homenagem ao Presidente da Província.
João Noronha Ribeiro, Virgilio Noronha Ribeiro (descendentes
do Cel. Manuel), construíram as primeiras casas de tábua
no decorrer do ano de 1911, aqui
chegando no mesmo ano Frederico Moreira da Costa.
O Cel. João Pedro de Carvalho
veio em 1912, juntamente com sua esposa Dona Sózima Andrade
de Carvalho, sendo ela mais tarde, Presidenta da Legião
Brasileira de Assistência, Seção de Lins,
criando ainda o Patronato Anita Costa; ambos paulistas, proprietários
de uma gleba de terras, colaboraram decisivamente no progresso
ascendente de Lins, juntando-se aos que aqui antecederam, e
a outros tantos que viriam sucessivamente.
Transcorria o ano de 1913, quando aqui se estabeleceu o Cel.
Joaquim de Toledo Piza e Almeida
e sua esposa, Senhora Dona Maria Augusta de Souza Piza. Foi
doada pelo Coronel uma gleba à Municipalidade de Bauru,
anexa à Estação de Albuquerque Lins, para
que se estabelecesse o núcleo de uma povoação.
Criou-se o Distrito de Albuquerque Lins, transferido em 1914
para o município de Pirajuí. Em 30
de dezembro de 1913, o Doutor Carlos Augusto Pereira
Guimarães, Vice-Presidente do Estado em exercício,
promulgou a Lei Estadual n. 1408,
criando o Distrito de Paz de Albuquerque
Lins, com sede no povoado da estação do
mesmo nome da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, no município
de Bauru.
Tudo se passou muito rápido, era o fim da 1a. Guerra
Mundial, nossa LINS, pujante, resfolegava em progresso, rumo
a sua emancipação política, que se daria
em 21 de abril de 1920.
O Aniversário de Lins é comemorado em 21
de Abril.
Fonte: PM LINS