BREVE HISTÓRIA
DE JAÚ
A história de JAÚ começa
no momento em que os bandeirantes navegavam pelo rio Tietê
e decidiram parar para pescar na foz de um ribeirão.
Lá fisgaram um grande peixe chamado jaú. O local,
desde então, ficou conhecido como Barra do Ribeirão
do Jaú.
Um pouco mais tarde, em 15
de agosto de 1853, alguns moradores da região
decidiram organizar uma comissão para tratar da fundação
do povoado. Depois de vários estudos ficou decidido que
seria erguido um povoado na área de 40 alqueires, doados
em partes iguais por Francisco Gomes Botão
e tenente Manoel Joaquim Lopes.
Estas terras eram aquelas compreendidas entre
a margem esquerda do rio Jaú e a do Córrego da
Figueira. Em 8 de abril de 1857, a lei nº 25 incorporou
os Bairros de Tietê, Curralinho e Jacareí. A lei
nº 11 de 24 de março de 1859 elevou a capela do
Jaú no município de Brotas, à freguesia,
a qual por sua vez foi elevada à vila pela lei nº
60 de 23 de abril de 1866 e por fim à
cidade com a lei nº 6 de 6 de fevereiro de 1889.
A Primeira Missa:
Concluída a Igreja, Bento Manoel de Moraes Navarro viajou
a Itú, a fim de trazer a imagem da padroeira, Nossa Senhora
do Patrocínio, conforme compromisso assumido, trouxe
a imagem num banguê. Com a chegada a padroeira, a Comissão
dirigiu-se a Brotas e acertou com o Vigário Padre Francisco
de Paula Camargo, a sua vinda à Jahu, para o dia 15 de
Agosto de 1.853, para proceder a benção da Igreja
e das Imagens e a realização da primeira Missa.
A Lenda:
O nome Jaú vem do tempo das monções e tem
ampla significação na língua Tupi-Guarani-Kaingangue.
Ya-hu quer dizer peixe guloso, comedor,
um grande bagre comedor... Mas também pode significar
"o corpo do filho rebelde"
segundo conta a lenda do peixe Jaú.
Ya-hu era um jovem guerreiro Kaingangue que não aceitou
uma troca de cunhas entre seu pai e o chefe da tribo dos Coroados,
a qual selava um acordo de paz.
Por causa de uma das moças, talvez a amada, o Ya-hu
revoltou-se contra o pai e reagiu. Perseguiu os Coroados até
próximo a Serra de São Paulo, onde encurralou
e fez guerra, causando muitas mortes. Porém, bastante
ferido, o jovem guerreiro volta para casa, mas desta vez foi
seguido pelos Coroados.
Durante a caminhada acabou atingido duas vezes. Por fim, cercado
pelo inimigo, e vendo que não tinha mais espaço
para fuga, para que seu corpo não fosse comido e para
que sua cabeça não fosse cortada e erguida como
troféu, o jovem guerreiro Kaingangue preferiu afogar-se
num ribeirão, de onde ressurgiu mais tarde, transformado
em peixe.
Esse nome, dado pelo chefe Kaigangue e que mais tarde passou
ao rio e ao Município, significa o corpo do filho rebelde,
justamente porque o referido peixe mostrava no dorso uma mancha
irregular na cor vermelha, iguais as que usava o jovem guerreiro,
que jamais voltou de sua guerra contra os Coroados.
O Aniversário de Jaú é
comemorado em 15 de Agosto.
Fonte: PM JAÚ