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'A TODOS OS BRASILEIROS QUE ESTÃO SE SENTINDO ENGANADOS"
Prezados(as) Amigos(as),
Na qualidade de cidadão brasileiro e gestor deste portal, um meio de comunicação similar aos demais, senão no porte, no objetivo de levar opiniões diversas e informação aos cidadãos deste estado e deste país, me considero no dever de comentar a gravidade do ocorrido durante mais uma 'reforma', aprovada em primeiro turno por 55 votos (o mínimo exigido era 49), contra 25 . Dos 55 votos a favor, 13 foram da oposição, sete do PFL e seis do PSDB. Entre os que votaram contra, cinco foram de partidos que apoiam o governo: uma do PT (Heloísa Helena-AL), três do PMDB (senadores Sérgio Cabral-RJ, Mão Santa-PI e Papaléo Paes-AP e um do PTB (Duciomar Costa-PA). Desde já, abrimos espaço em nossa página de política, onde este pronunciamento está inserido, para a publicação de opiniões contrárias, sem censura, exceção de palavrões e coisas do gênero.
Na noite de ontem (26/Nov/2003), assistindo a reapresentação, pela TV SENADO, das discussões havidas no SENADO FEDERAL DA REPÚBLICA quando da votação da Reforma da Previdência em primeiro turno, fiquei mais uma vez estupefato com os belos discursos, magistralmente elaborados por expertos, que tentavam a todo custo 'adoçar a pílula' e 'justificar o injustificável' (leia-se traição), proferidos pelos mesmos homens que, até ontem, se arvoravam na luta contra esta mesma reforma, apresentada no governo anterior.
Até quando os homens públicos vão fazer da hipocrisia e da mentira as suas armas mais caras ? Até quando nós, o povo, vamos ser tratados apenas como 'massa de manobra', descartados sem escrúpulos assim que se definem as eleições? Até quando vamos ser enganados pelos discursos pré-eleitorais inflamados, cheios de emoção e de esperança para todos, plenos de 'slogans' idealizados com maestria pelos mestres do marketing político, mas sem qualquer compromisso com a verdade e a seriedade?
Neste quadro terrível, para acalentar um pouco de esperança, ainda encontramos homens e mulheres verdadeiramente comprometidos com os cidadãos brasileiros, que não se 'vendem pelo brilho do poder'. Entre os que votaram contra a pseudo reforma (25), devemos apartar os que assim procederam apenas por conveniência política, 'por não mais estarem de braços com o poder'. Apelando para o eterno otimismo, devem sobrar cerca de uma dúzia de senadores, verdadeiramente comprometidos com este país, com os cidadãos brasileiros e com as verdadeiras necessidades de nosso povo, verdadeiramente comprometidos com as promessas de campanha e com as expectativas dos seus eleitores.
Entre esses virtuosos, pedimos
desculpas aos demais, mas gostaríamos de citar dois nomes, que consideramos
expoentes nessa ocasião, um deles o do senador
OSMAR DIAS, do PDT paranaense, que lembrou ao governo e ao presidente,
em seu discurso, que ele, assim como o povo brasileiro, sempre foram a favor
das reformas, mas das verdadeiras reformas, aspiradas pelo povo brasileiro e
não desta que, conforme ele, é a mesma contra a qual lutavam,
tanto ele como o atual governo, antes das eleições. Neste ponto,
cabe lembrar o sempre atual Leonel Brizola: "Votamos em V.Exª para
que mude o Brasil, não para que mude de lado".
Outro nome que não pode ser esquecido neste momento, um verdadeiro exemplo de caráter para o POVO BRASILEIRO, orgulho para as mulheres, é o de uma senadora que mostra não estar disposta a vender sua consciência por '20 moedas de prata', que defende hoje e de forma desassombrada, as mesmas posições de outrora, que não traiu seu eleitorado: a Senadora alagoana HELOÍSA HELENA. Cara senadora, nossos sinceros votos de que DEUS possa, através do seu anjo guardião, continuar a lhe proteger, a lhe inspirar e a dar-lhe as forças necessárias para enfrentar a hipocrisia e a mentira, infelizmente íntimas do poder e a defender as mais sinceras aspirações e esperanças deste povo sofrido, enganado e maltratado.
Ao senador MERCADANTE, de quem fui eleitor 'convicto', que citou a responsabilidade ética e política de quem chega ao poder, tendo a coragem de dizer aos seus eleitores que, devido a essas responsabilidades com o Estado, teve de abrir mão de suas convicções pessoais, digo que a responsabilidade MAIOR de um político é para com as pessoas, que o ESTADO é apenas uma figura abstrata, que não tem filhos, que não chora e que não sente. Digo ainda mais: segundo a sabedoria do 'Mestre dos Mestres', 'conhecemos a árvore pelos frutos' e, com certeza, uma belíssima maneira de avaliar os reais princípios de uma pessoa é quando investimo-la do poder, quando então podemos avaliar de que 'barro ela é feita'. Cuidado senador, seu discurso é idêntico ao do ex-governo que tanto combatia! Talvez seja esse o motivo pelo qual afirmam não 'existirem mais farpas' entre os dois...
Finalizando, gostaria de deixar um recado ao caríssimo JOSÉ GENOÍNO, também meu candidato ao governo de São Paulo. Cuidado, 'companheiro', suas palavras de ontem (expulsão...), soam ainda em meus ouvidos como as velhas e conhecidas músicas da ditadura militar: 'ou está conosco ou está contra nós...'. Talvez me recordem também Joana D'Arc, queimada por ter o 'ousadia de sustentar as suas convicções ! Seus eleitores estarão atentos às suas decisões ...
PRESIDENTE LULA
!!
V.Exa. é portador das melhores ESPERANÇAS do povo brasileiro,
que acreditou no vosso discurso e em suas propostas, isso após longos
anos, nos quais V.Exa. sempre insistiu em ser o mensageiro dessa esperança:
"Não tenha medo de ser Feliz!".
Fizemos questão de registrar seu discurso de posse em nossa página
de Política, para que possamos nos lembrar sempre, e de forma bem clara,
suas belíssimas palavras e seu compromisso para conosco: "...
A esperança finalmente venceu o medo e a sociedade brasileira decidiu
que estava na hora de trilhar novos caminhos. Diante do esgotamento de um modelo
que, em vez de gerar crescimento, produziu estagnação, desemprego
e fome; diante do fracasso de uma cultura do individualismo, do egoísmo,
da indiferença perante o próximo, da desintegração
das famílias e das comunidades. Diante das ameaças à soberania
nacional, da precariedade avassaladora da segurança pública, do
desrespeito aos mais velhos e do desalento dos mais jovens; diante do impasse
econômico, social e moral do País, a sociedade brasileira escolheu
mudar e começou, ela mesma, a promover a mudança necessária...".
Embora não sendo funcionário público desde 1999, após o famigerado 'desmanche das teles', perpetrado pelo ex-governo, entendo que nesta data existem milhares de cidadãos e famílias honradas e trabalhadoras que 'não estão felizes'!! O argumento de que eles possuem 'mordomias' em relação aos demais não se sustenta ! Um governo deve trabalhar para levar essas conquistas aos demais, que ainda não as tem, e não tirar desses para jogá-los na indigência, junto aos outros... queremos construir um mundo novo e melhor, para deixar aos nossos filhos e netos, não um mundo de miséria 'ampla, geral e irrestrita' !Cordiais Saudações
Engº Celio Franco - Gestor
www.nossosaopaulo.com.br
Caro Companheiro Celio
Não tenho o hábito de responder e-mails e trocar correspondência
eletrônica. Talvez por ser da primeira metade do século passado,
coisa de DNA.
Mas, este merece que eu faça a clássica exceção
à regra e venha me manifestar solidário com a tua opinião
e fazer minhas as tuas palavras.
Sempre que há eleição, me questiono se estou votando
certo e coloco em tela a opção de não votar. E, como
tenho me decepcionado, ultimamente, com a mudança de lado dos que indiquei.
Como pensador, gostaria que v. refletisse se não seria uma forma de
mostrar aos nossos representantes que não estamos gostando da coisa,
se praticássemos uma grande, uma enorme abstenção e "ninguém"
fosse lá ser enganado de novo.
Alternativamente, o voto de protesto, seria enriquecer o balaio de um Enéas
da vida, que até hoje não fez nada absolutamente, nem tenho
conta de qualquer discurso inflamado que o mesmo tenha proferido na Câmara.
Estamos mal mesmo, pois até o PT optou, o cooptou, melhor dizendo.
O que fazer? Não sei, confesso.
Não vejo caminho para um governo sinárquico, ou mais justo,
pelo menos, pois lá estando, todos se acostumam e se envolvem com as
benesses do poder, gabinetes refrigerados, viagens, jantares, tudo grátis
( para eles, não para nós ) .
Outra forma seria a insubordinação civil, ou fiscal, melhor
dizendo. Não vamos pagar mais nada e nos tornemos devedores dos governos,
quaisquer que sejam.
Sem grana para torrar e distribuir para seus apaniguados, quero ver se as
reformas que queremos não saem.
Pensemos, companheiro e vamos continuar buscando saídas.
Receba meu fraternal abraço.
Carone
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