MENSAGEM DO DIA
FEVEREIRO - 2003
Mês da Compreensão Mundial


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Todas as mensagens aqui exibidas são extraídas, a menos de nota em contrário, das obras do Dr. Augusto Jorge Cury, Psiquiatra, Psicoterapeuta e Cientista Teórico"

28/Fevereiro/2003:

CORRIGINDO A RETROALIMENTAÇÃO DA MEMÓRIA PRODUZIDA  PELO FENÔMENO RAM

    "Todos temos de saber que, dependendo de como retroalimentamos  nossas experiências, cavamos nossas próprias sepulturas. Se cuidamos da higiene bucal, por que não cuidamos dos pensamentos que são produzidos e registrados nos palcos de nossas mentes ? Limpamos as sujeiras do mundo físico, mas não as sujeiras da alma. Se quisermos ser pessoas doentes, o melhor caminho é não intervir nos pensamentos negativos e nas angústias que produzimos no secreto de nossos seres. Contudo, se desejamos ser livres, precisamos aprender a trabalhar os nossos pensamentos, a superar as nossas dores e a proteger as nossas emoções diante das turbulências da vida.
    Devemos deixar claro que os pensamentos e as emoções do presente não são importantes apenas no momento em que estão agindo no presente, mas porque são os alicerces do que seremos no futuro. O estresse de hoje, ainda que passe amanhã, poderá ser usado como material para confeccionar o estresse de depois de amanhã.
    A terapia multifocal principia quando começamos a deixar de ser espectadores da construção de nossos pensamentos e passamos a atuar nos papéis da memória. Quando um usuário começa a criticar seus pensamentos, emoções e desejos concernentes aos efeitos das drogas no silêncio de sua mente, ele começa a reescrever sua história. A dependência de drogas cria raízes nas pessoas passivas, mas se esfacela nos pacientes que a enfrentam."

27/Fevereiro/2003:

CORRIGINDO A RETROALIMENTAÇÃO DA MEMÓRIA PRODUZIDA PELO FENÔMENO RAM

 
    "Se um jovem usa continuamente drogas alucinógenas, estimulantes ou depressoras do cérebro, é de se esperar que o fenômeno RAM retroalimente o efeito da droga no inconsciente, produzindo um rombo na liberdade de pensar e de sentir.
    De modo semelhante, uma pequena taquicardia com sensação de desmaio, ocorrida num elevador, se for retroalimentada pelo fenômeno RAM, pode transformar-se numa claustrofobia. Uma ofensa em público, se for retroalimentada, pode gerar um bloqueio social. Um medo súbito de que se vai morrer ou desmaiar num determinado momento, se for retroalimentado, pode se transformar em síndrome do pânico.
    Estes mecanismos psicológicos são universais e, portanto, estão presentes de diferentes maneiras na gênese de grande parte das doenças psíquicas. No caso das fobias, que representam uma aversão irracional e no caso da dependência de drogas, que representam uma atração irracional, os mecanismos de formação são tão semelhantes que podemos dizer que elas são pólos opostos da mesma moeda.
    Se ficarmos gravitando em torno dos nossos fracassos, continuaremos sendo fracassados. Se gravitarmos em torno de nossas frustrações, derrotas e faltas, continuaremos frustrados, angustiados, insatisfeitos e, o que é pior, não mudaremos os pilares de nossas vidas."

26/Fevereiro/2003:

CORRIGINDO A RETROALIMENTAÇÃO DA MEMÓRIA PRODUZIDA PELO FENÔMENO RAM

 
    "O fenômeno RAM, como vimos, é o fenômeno do Registro Automático da Memória. Todas as experiências que construímos na inteligência são registradas automaticamente e involuntariamente por esse fenômeno que prefere registrar as experiências com maior carga emocional.
    Quanto mais produzimos experiências que envolvam emoções, mais elas serão registradas privilegiadamente e mais ficarão disponíveis para serem lidas e para participar das reações, pensamentos, sentimentos, maneira de ser, visão de vida que temos no presente e que teremos no futuro.
    A qualidade das experiências que tivemos na infância determina as características que teremos quando adultos, tais como descontração, segurança, sensibilidade, ansiedade. Podemos não ter consciência de nossas misérias do passado, mas elas infectam o nosso presente como também podemos não ter consciência dos prazeres que tivemos, mas eles irrigam a nossa capacidade de ser e de pensar.
    Se tivemos uma infância regada com alegria, brincadeiras, criatividade e com alto grau de socialização, certamente temos grandes possibilidades de ter uma personalidade tranqüila, que contempla o belo e que aprecia o convívio social. Se, ao contrário, tivemos uma infância saturada com experiências punitivas, sem afetividade, desprovida de apoio, carente de elogios e restrita de amigos, então, temos grandes possibilidades de ter uma personalidade rígida, pouco sociável, insatisfeita, com baixa auto-estima e com humor basal triste."

25/Fevereiro/2003:

A TERAPIA MULTIFOCAL - Cap. 9

    Uma Ajuda Importante para romper o Cárcere da Emoção
 
    "Neste capítulo retomaremos tudo o que vimos sobre o funcionamento da mente e aplicaremos esse conhecimento para estabelecer os princípios da terapia multifocal. Tais princípios poderão ajudar os pacientes a não apenas superarem o cárcere das drogas, mas também o cárcere da emoção gerado por outras doenças psíquicas. Se o leitor tiver paciência consigo mesmo e despender uma atenção especial a este capítulo, certamente entenderá um dos mais complicados assuntos da Psicologia."

24/Fevereiro/2003:

 UM RELACIONAMENTO ABERTO

  "Outra coisa importante a acrescentar é que os pais não devem valorizar somente os filhos que não usam drogas. Uma pessoa que está usando drogas, por mais indiferente que pareça, ainda é uma pessoa muito sensível, sentindo-se facilmente rejeitada.
    Sem o exercício da arte de ouvir e da arte do diálogo, não há caminho para os pais ajudarem seus filhos, pois agirão como policiais e não como seus amigos. Se, ao contrário, aprenderem essas duas nobilíssimas artes da inteligência, ainda que tenham dificuldades em pedir desculpas uns aos outros, pelos ouvidos rígidos e pelo diálogo engessado, certamente o relacionamento entre eles sofrerá uma profunda revolução e se tornará uma bela poesia.
    Comece tudo de novo. Recomece quantas vezes for necessário. Dê sempre uma nova oportunidade. Extraia vida das cinzas. Refaça as forças para uma nova batalha. Saiba que sábio é aquele que reconhece seus erros e que é capaz de usá-los como alicerces da sua maturidade e não aquele que nunca erra. Pais e educadores, nunca desistam!"

21/Fevereiro/2003:

 UM RELACIONAMENTO ABERTO

     
    "Os pais devem aprender a ouvir seus filhos. Ouvir é uma tarefa difícil, que poucos sabem desempenhar. Ouvir não é só ficar parado diante dos sons e das palavras ditas pelos outros, é muito mais que isso: implica nos despojarmos de todos os conceitos e julgamentos preconcebidos e precipitados que fazemos da pessoa que fala e das palavras que nos dizem; implica compreender e julgar os fatos com os elementos que nos são fornecidos, sem adicionarmos elementos nossos; implica ainda, captarmos os sentimentos que vão sendo expressos na tonalidade das palavras e na forma como são faladas, ou seja, ouvir é entender aquilo que as palavras não puderam ou não quiseram dizer completamente.
    Apesar das dificuldades, encorajo os pais a cultivarem o hábito de ouvir seus filhos, estimulando-os a falar de suas experiências de vida, de seus conflitos, alegrias, tristezas, amigos e sonhos."

20/Fevereiro/2003:

 UM RELACIONAMENTO ABERTO

 
    "Novamente repito, que os pais devem manter um relacionamento profundo com os filhos, compartilhando suas experiências, tanto as positivas com as negativas, para que os jovens não pensem que somente eles enfrentam problemas. Pais que não têm coragem de reconhecer seus conflitos, de admitir suas fragilidades, de expor seus erros da juventude, certamente estão mais distantes do filho do que podem imaginar. Estão próximos fisicamente, mas muito distantes interiormente.
    Os pais também devem compartilhar seus planos, desejos, visão de vida, dificuldades atuais e alegrias, sempre dentro dos limites da sobriedade e da simplicidade."

19/Fevereiro/2003:

UM RELACIONAMENTO FRANCO

"Ser honesto não significa ser agressivo nem dramático e muito menos ser impositivo. Os pais devem aprender a falar das drogas sem medo e sem tabus, assim, os filhos se abrirão com eles e contarão sua verdadeira situação diante das drogas. Ao tomarem conhecimento, porém, os pais não devem se apavorar, tampouco condenar seus filhos, mas tentar permanecer tranqüilos, sem dar importância exagerada ao fato. Devem crer que estão se tornando muito mais importantes na vida dos filhos e convencê-los de que os admiram e acreditam que irão vencê-las.
    Nesse ambiente, os filhos vão apreciar muito mais seus pais, admirar seu equilíbrio, sua honestidade, sua maturidade e a consideração demonstrada. Isso minimizará suas experiências com as drogas e aumentará o relacionamento com os pais.
    Vi isso acontecer várias vezes: tão logo o relacionamento entre pais e filhos é restaurado, as drogas passam a ocupar um plano secundário na vida dos jovens e com isso eles se motivam a parar de usá-las.
    Um jovem pode parar muito mais facilmente de usar drogas por consideração à sua vida e por amor e respeito aos pais do que em nome dos prejuízos físicos e psicológicos que elas podem provocar."

18/Fevereiro/2003:

UM RELACIONAMENTO FRANCO

 
   "O segundo passo que os pais devem dar para conquistar um espaço no mundo interior de seus filhos é ter com eles uma relação de franqueza, sinceridade e honestidade sem, no entanto, deixar de lhes mostrar respeito e sem usar palavras sutis que impliquem desconfiança ou imposição.
    Se, conforme já dissemos em item anterior, os pais conseguirem criar um clima prazeroso e descontraído na relação com os filhos, estarão abrindo um caminho para manter com eles conversas sinceras e honestas. Sem esse primeiro passo fica difícil, porque qualquer palavra dita aos filhos soa como ofensa, perseguição ou intromissão mas, quando ao longo dos dias e das semanas, os pais despertam a sua admiração, eles automaticamente passam a considerá-los muito importantes e não gostarão de ofendê-los. Porém, é fundamental que os pais sejam honestos e sinceros."

17/Fevereiro/2003:

UM RELACIONAMENTO PERMEADO DE DESCONTRAÇÃO E PRAZER

 
   
    "O pai que se comporta como um 'palhaço' para envolver e encantar seu filho tem muito mais possibilidades de ajudá-lo do que aquele pai que se comporta como um 'policial', tentando puni-lo.
  Não devemos jamais nos esquecer de que, depois da dependência estar instalada, o problema não é mais a droga química, mas o 'monstro' que habita no inconsciente. Como fazer para destruir esse 'monstro' é o maior desafio da medicina. A questão não é apenas e simplesmente estar longe da droga, mas de reaprender a viver sem ela."

14/Fevereiro/2003:

UM RELACIONAMENTO PERMEADO DE DESCONTRAÇÃO E PRAZER

 
    "Os pais precisam desconsiderar a droga por um certo tempo e não olhar seus filhos como marginais ou adultos maliciosos que pretendem enganá-los. Devem olhá-los como seres humanos que necessitam ser fraternalmente envolvidos em seus braços e acariciados. Esse princípio vale para ajudarmos qualquer pessoa em qualquer situação.
    Os pais devem aprender a tirar o gesso da inteligência, a serem brincalhões, simples e fazerem programas divertidos junto com os filhos.
    A correria do dia-a-dia, a fadiga do trabalho, os compromissos sociais e os problemas da vida acabam, naturalmente, tornando as relações entre pais e filhos distantes e muito formais. Esse clima de seriedade e frieza piora muito quando os pais descobrem que um filho está usando drogas, por isso, o primeiro passo para os pais se aproximarem de seus filhos é deixar a crítica, o medo e as acusações de lado e começarem a fazer de sua família uma festa, um canteiro de prazer."

13/Fevereiro/2003:

UM RELACIONAMENTO PERMEADO DE DESCONTRAÇÃO E PRAZER

 
    
    "Há pais e filhos que nunca conseguem dialogar lúcida e tranqüilamente uns com os outros, embora se amem. O problema não é a falta de sentimentos entre eles, é que são escravos da representação doentia que têm uns dos outros; tal representação limita e confina o amor. Alguns, infelizmente, só sentirão o quanto seu pai ou seu filho é importante, quando chegarem ao fim da vida.
    Conduzir pais e filhos a compreenderem o gatilho da memória, a não gravitarem em torno dos ressentimentos passados e a administrarem seus pensamentos e emoções nos focos de tensão é o primeiro passo para novas mudanças.
    Para vencer o cárcere da emoção é necessário que os pais e os filhos construam um novo relacionamento, mais alegre, mais divertido, mais simples e afetivo. Devemos gravar esta frase: 'Os pais devem se preocupar menos com a droga usada pelo filho e mais com o filho que usa a droga'. Geralmente ocorre totalmente o contrário."

12/Fevereiro/2003:

UM RELACIONAMENTO PERMEADO DE DESCONTRAÇÃO E PRAZER

 
    "Em geral, tenho verificado que o comportamento dos pais com o filho que está usando drogas é agressivo, pautado pela desconfiança, pouco afetivo e dado a muitas cobranças.
    Quando conversamos com os pais e com o filho, isoladamente, eles se apresentam dóceis, lúcidos, humildes, cheios de sentimentos uns para com os outros. Porém, quando nos reunimos todos juntos para falar um do outro, eles travam verdadeiras batalhas de agressões, acusações e ressentimentos. Separados, eles se amam; juntos, guerreiam !
    Por quê essa discrepância ? Porque são vítimas do gatilho da memória, o qual desloca o território de leitura (âncora) para áreas de atritos, gerando reações que eles não conseguem administrar. Reagimos ao outro, não pelo que ele é, mas pelo que temos registrado dentro de nós. Se o registro for doentio, nossas reações serão doentias. Se durante toda a vida imperou a agressividade e as reações impulsivas, não espere que o mar se acalme na relação. É necessário, como já vimos, reconstruir o presente para reescrever o passado."

11/Fevereiro/2003:

REVOLUCIONANDO A RELAÇÃO COM OS FILHOS

 
    "Quando um jovem usa droga, pouco a pouco, ela ocupa uma área importante no inconsciente dele. Como ocupar um espaço nos porões da memória de uma pessoa fechada para o mundo? É um grande desafio para a psicologia e a psiquiatria. Os livros de auto-ajuda pouco auxiliam em situações de fato complicadas.
    Não há solução mágica. É preciso ter sensibilidade. É preciso abandonar os velhos métodos e reacender a criatividade. Não há coisa mais engenhosa do que penetrar no mundo de alguém e tornar-se importante para ele. Conquistar um espaço, um valor maior do que o da droga, é um grande e belo desafio para os pais.
    Dar conselhos pouco resolve. Mostrar que as drogas fazem mal à saúde também não. É uma batalha tão grande que deixa os próprios psicoterapeutas sem ação. Nesta batalha é completamente ineficaz falar mal do inimigo. É preciso mudar o foco de atenção. É preciso surpreendê-los com novas atitudes."

10/Fevereiro/2003:

RESGATANDO O PRIMEIRO AMOR

 
    "Se um clima de amor, diálogo e respeito emergir do caos, o filho saberá enxergar essa transformação e admirar, quem sabe pela primeira vez, o comportamento de seus pais. Isso fará com que a aventura das drogas se torne psicologicamente menos interessante do que o espetáculo que está acontecendo no relacionamento familiar.
    Se os pais reaprenderem a namorar e a resgatar o primeiro amor, ao invés de começar uma guerra de acusação, estarão fazendo um grande favor para si mesmos e para os filhos. Tal comportamento causará um impacto tão grande no inconsciente deles que começará a abalar o dinossauro da dependência. O tratamento dos filhos começa não apenas dentro deles, mas também no cerne de seus pais."

07/Fevereiro/2003:

RESGATANDO O PRIMEIRO AMOR

 
    "Reconhecer os erros é importante, fazer uma revisão de vida também, mas acusar-se mutuamente pelo fato de os filhos estarem usando drogas é o início da derrota dos pais.
    A culpa e as reações agressivas, como vistas nos tópicos anteriores, propiciam um excelente caminho para a troca de acusações entre marido e esposa, criando uma barreira intransponível no relacionamento. Quem errou mais ? O pai ou a mãe ? Não são essas as perguntas que devem ser feitas, mas sim: 'O que juntos vamos fazer para ajudar nosso filho' ?
    Com certeza, cada um tem seus fortes argumentos para expor as falhas do outro na educação do filho. Às vezes, a situação torna-se tão séria que o ambiente familiar se transforma na 'terceira guerra'. Num momento desses, os pais deveriam manter-se unidos, relacionando-se com muito mais amor e respeito do que antes. A agressividade e o clima de acusação entre pai e mãe e dos pais para com o jovem, só fará com que este se afunde ainda mais nos pântanos das drogas."

06/Fevereiro/2003:

MANTER A CALMA - ELIMINAR A AGRESSIVIDADE

    "Coragem para atravessar o deserto da dependência, paciência para fazer a travessia, sabedoria para escolher o melhor caminho e amor para renovar as forças durante a caminhada são necessidades fundamentais, tanto das pessoas dependentes, como daqueles que os estão ajudando: pais, educadores e profissionais. Mesmo diante da mais dramática situação, devemos irrigar a alma de esperança.

    Jamais devemos desistir de uma pessoa, por mais doente que esteja, por mais recaídas que tenha, por mais batalhas perdidas. Um dia, o pior inverno se tornará a mais bela primavera."

05/Fevereiro/2003:

MANTER A CALMA - ELIMINAR A AGRESSIVIDADE
 
    "Estão certos os princípios do 'amor exigente'. Temos que estabelecer limites aos filhos mas, primeiramente, temos de dar amor a eles. Os pais têm de dar a si mesmos, a sua amizade, o seu carinho, a sua atenção, a sua sabedoria e a sua inteligência, para depois poderem cobrar limites e reações.
    Se os pais não procurarem ser os melhores amigos dos seus filhos, se não mudarem sua atitude diante deles, além de procurarem o efeito das drogas para compensar a indiferença e a agressividade dos pais, eles continuarão a ser influenciados pelos colegas que as usam.
    Os pais devem ter em mente que muitos jovens que experimentam drogas param de usá-las antes de se tornarem dependentes, que é possível que seu filho, por pior que seja a situação, possa se livrar do cárcere da dependência."

04/Fevereiro/2003:

MANTER A CALMA - ELIMINAR A AGRESSIVIDADE
 
    "Ao descobrir que seus filhos estão usando drogas, a melhor coisa a fazer seria não fazer nada, parar para pensar e não reagir antes de pensar. A grande maioria dos pais não sabe conquistar seus filhos nas dificuldades; o medo, a apreensão e a ansiedade que os invadem bloqueiam as suas inteligências e com suas reações impulsivas, acabam atrapalhando mais do que ajudando.
    Irritação, agressividade, punição aos filhos e autopunição não resolvem; ao contrário, prejudicam. Claro que, na fase inicial, colocar limites e até dar uma boa bronca pode ajudar, mas é insuficiente, pois o problema é mais profundo."

03/Fevereiro/2003:

NÃO MERGULHAR NO SENTIMENTO DE CULPA

 
    "Ao investigarmos os problemas de nossos filhos, descobrimos que erramos, mas o que devemos fazer com nossos erros? Usá-los para nos destruir, nos culpar, nos punir? Não! Devemos usá-los como adubo para novas mudanças. Devemos também ter consciência de que o fenômeno é mundial, que há milhões de jovens usando drogas, na maioria das vezes, não porque são mais problemáticos do que quem não está usando, mas porque tiveram mais oportunidades.
    O perfil psicológico dos usuários mudou. No passado, em sua grande maioria, os usuários eram jovens portadores de graves conflitos e filhos de pais doentios. Gostaria de afirmar que, na atualidade, os jovens portadores de pequenos conflitos que não se diferem da média da população, e que são filhos de excelentes pais, estão consumindo drogas e ficando dependentes.

    Uma pessoa não precisa ser doente para se tornar um dependente, o efeito das drogas é suficiente para deixar qualquer um doente."

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